E esse é o gosto que o fim tem. Amargo e viscoso. Difícil de engolir, de digerir.
O fim tem gosto de tristeza, de saudade e nostalgia.
Ele trás lágrimas aos olhos, aperto no peito e dor na alma.
A gente nunca espera pelo fim, mas aprende a respirar fundo, abrir o coração e enxergar que o fim tem data e hora pra chegar.
A dor demora a passar, mas dia pós dia, o coração se suaviza, e aceita que foi melhor assim.
Quando o fim chega, o estômago dói, os planos batem na porta e o futuro insiste em querer escrever uma nova história, mesmo quando ainda há um turbilhão de informações pra digerir.
E é aí, que descobrimos que o fim não se finda. Só dá espaço para que haja um novo recomeço, com começo, meio, e o fim? Quem é que pode determinar?

Sobrevivendo ao caos

De repente ali, de repente a gente. Tudo tão confuso quanto nossas próprias mentes, que se entrelaçaram entre as entrelinhas que insistimos em esconder, apenas de nós mesmos.
De repente, me pego presa ao caos gerado por mim mesma, dentro de um coração em pedaços que realmente acreditou que a soma com outro coração na mesma condição, resultaria em algo além de um saldo negativo. Eu nunca fui boa em matemática, não soube calcular a porcentagem de chance da minha razão acompanhar as trapalhadas do meu coração.
E em meio ao caos gerado, me pergunto se de fato, do todo nem tudo será em vão. Me pego embaralhando novamente as cartas que já havia posto sobre a mesa, só pra ter o direito de jogar mais uma vez, arriscar outra partida, de jogo, de coração...
Entretanto sei que corro riscos, de perder o jogo e o jogador, de ser tudo em vão, restar a dor.
Desato o nó que antes atei em meu coração, percebo as marcas que ainda restam, as cicatrizes que ainda permanecem. Talvez para no fim, aumentá-las por insistir no jogo perdido ou por não saber jogar.
O caos de fato tomou conta desse coração selvagem e até então indomável, virou tudo de ponta cabeça e sacudiu as prateleiras derrubando toda a pose, o orgulho, o receio.. Deixando espaço apenas pra perseverança e a coragem, gritando algo que ecoa por todo meu ser: "Vá, insista e não desista," .
A razão tenta resistir... Mas até a alma já entregou ou pontos. O time não quer perder de w.o, ele quer entrar na luta.
Interligado à luta interior, está essa matéria torcendo pra que as coisas se ajeitem, disposta á enfrentar a disputa também, aceitando que vença o melhor, aquele que gere menos problemas e derrube menos lágrimas.
Nos tornamos loucos aqui, em busca de respostas, do desfecho. Torcendo para, quem sabe então, ser mais
um dos sobreviventes ao caos.

Foi um erro sim, e se quer saber, foi um dos erros mais deliciosos que já cometi, e cometo de novo se necessário.

Temos uma mania feia de nos privar demais das coisas, esconder sentimentos, e nos trancar num mundinho afim de não sofrer, de não encarar a vida de frente.

Eu não, eu decidi que se for pra quebrar a cara, vai ser por ter tentando, vivido. Pode ser que vez ou outra dê certo, e é com esse pensamento que sigo.

"Quem de nós irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração?"

Me diz, quem?

Eu tô cansada de toda e qualquer mesmice, no alto dos meus vinte tô vivendo que nem doido mesmo, tô experimentando o novo, e quer saber de uma? Tô feliz demais!

Continuo sofrendo por antecipação? Continuo!

Continuo a mesma nostálgica sem cura? Continuo!

Continuo sentindo saudade meio segundo depois que me despeço? Continuo! Pra caralho!

É que a essência meu bem, nunca muda. O tempo pode fazer com que a gente amadureça, e diminua um pouco esse jeito, manias e afins. Mas perder isso? Jamais!

Parando pra pensar, vi que tenho uma "caralhada" de coisa pra viver, uma lista interminável de lugares pra ir e um amor infinito pra compartilhar.

Hoje, é finalmente a minha chance de começar a viver a vida que eu quiser viver, sendo exatamente a pessoa que eu quero ser... Ei, fui ser feliz e não volto!

Hoje me pego num sábado a noite, aqui, de volta, num lugar onde eu já não vinha à tempos.. E quer saber? Querendo incessantemente estar aqui. Não pra contar história triste, mas pra estar de volta ao meu refúgio. De mim, pra mim mesma.

Nada de textos de amor por hoje. Venho falar de um outro  assunto;

É sabido que a sociedade num todo, vive testando nossos sentimentos, rotina, gostos e opções, vive cobrando o que devemos ou não ser, fazer ou não fazer, e assim por diante.

E um dos assuntos que são sempre citados, é a vida de solteiro, (Que alegria!) a vida de quem ainda não tem uma formação, uma carreira. Basicamente um indivíduo que está "deixando a vida me levar".

No alto dos meus 19 (quase vinte anos), sempre me vem a pergunta: "Você namora", e a minha resposta é sempre a mesma "Não nunca, graças a Deus", graças a Deus não por que eu acho que namorar seja um bicho de sete cabeças ou eu seja, sei lá, assexuada.. 

Graças a Deus, por que eu vivo muito bem, e feliz assim.

Diferente de muitos, eu não consigo sentir falta daquilo que nunca tive. Então namorar, será uma opção que virá com o tempo, que acontecerá naturalmente.

Não levo isso como um plano primordial pra vida. Aquele lance de nascer, crescer, casar e viver junto até morrer. Isso no momento está longe dos meus planos. Claro que eu posso queimar minha língua, e daqui alguns meses me pegar perdidamente apaixonada, querendo ter 5 filhinhos e ser dona de casa. 

Mas acredito que isso seja algo difícil de acontecer, sou uma pessoa que tem sede pela vida, sede por viver!!

Vejo casais, que só reclamam, que vivem em crise e mesmo assim estão juntos, simplesmente por que estão acostumados em estar juntos. Deus me livre!

Se você me ver namorando, acredite: eu estou realmente apaixonada, e resolvi mudar mais uma vez de fase na vida. Afinal, fases são feitas para serem vividas, não é mesmo?!

Só o que eu não quero, é desperdiçar minha juventude, ter um relacionamento por status, pra mostrar no Facebook, que "não, eu não vou ficar pra titia". Qual é?! 

Vivo em função da minha própria vida, em poder acordar num dia qualquer e viajar pra visitar minhas amigas de outro estado. De poder sair a noite sem dar satisfação pra homem nenhum, e ao mesmo tempo, não ter que me preocupar com "enfeites na minha cabeça". 

Tá cheio de casal por aí, deixando de fazer o que gosta, pela (o) namorada (o), e eu sou da seguinte opinião: 

"Se não veio pra somar, nem venha!!"

Eu não vou parar de fazer o que eu gosto, por que alguém simplesmente é egoísta o suficiente pra só olhar o lado dele, e não fazer minhas vontades. Ou me aceita do jeito que me conheceu, ou nem queira tentar algo mais.

Exemplo, são os casais que deixam de sair com os amigos pra ficar 24 horas com o namorado, e esse é um exemplo exato daquilo que eu não quero pra mim. É tipo uma regra básica, goste de mim, e goste também dos meus amigos, não é algo independente, é algo que é anexado junto com o pacote e ponto final.

Se for pra me colocar nesse barquinho, reme junto comigo, baby. Não me custa nada

 nadar até terra firme, onde eu construo meu próprio barquinho, e dito minhas próprias regras. 

Eu sei que você precisa ir, mas isso não muda o fato de que sofrerei quando você seguir sem mim. Se for preciso, então vá. Não se prenda ao presente, se é no futuro que você está pensando. Amores vêm e vão. 

Pode ser que ninguém me diga um milhão de vezes que eu sou linda e fique me admirando por horas.

Sem choros, crises, ou velas. Apenas lembranças dos momentos de alegria, brincadeiras e festas. Até que tudo passe. Depois que a chuva cai, o céu sempre fica azul e o sol volta a brilhar. São idas e vindas, meu bem.

Tá vendo como é normal? Você veio e agora vai, e eu sorrio ironicamente porque achei que você fosse ficar.

Mas como você diz, eu sou apenas uma menina, dessas que acredita em para sempre.

Eu devia ficar mais esperta com o mundo, né?

Eu sei que você precisa ir, mas eu não queria deixar. E eu tenho vontade de te mostrar o quanto sou forte e te segurar pelo braço. O problema é que você sabe que não sou. Que tudo é marra. 

Eu até chorei, mas ninguém viu não. 

Eu me escondi no meu mundo e pra todos mostrei só meu sorriso.

Mas enquanto á voce, irá mesmo partir?

Eu vou arrumar essa bagunça que você deixou aqui dentro, mas não vai não. 

E se for, volta amanhã?