17 de dezembro de 2018

E esse é o gosto que o fim tem. Amargo e viscoso. Difícil de engolir, de digerir.
O fim tem gosto de tristeza, de saudade e nostalgia.
Ele trás lágrimas aos olhos, aperto no peito e dor na alma.
A gente nunca espera pelo fim, mas aprende a respirar fundo, abrir o coração e enxergar que o fim tem data e hora pra chegar.
A dor demora a passar, mas dia pós dia, o coração se suaviza, e aceita que foi melhor assim.
Quando o fim chega, o estômago dói, os planos batem na porta e o futuro insiste em querer escrever uma nova história, mesmo quando ainda há um turbilhão de informações pra digerir.
E é aí, que descobrimos que o fim não se finda. Só dá espaço para que haja um novo recomeço, com começo, meio, e o fim? Quem é que pode determinar?